quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Review sobre o novo projeto do John Frusciante Outsides EP do site Beard Gentlemen Music

O site Bearded Gentlemen Music fez uma análise sobre o novo projeto de Frusciante, o EP Outsides. Vale a pena ver:

Aprofundando-se em seus interesses por música eletrônica e ainda adicionando outro álbum para sua discografia aparentemente sem fim, John Frusciante está para lançar seu 14º trabalho solo, intitulado Outsides, no dia 14 de agosto no Japão e no dia 27 de agosto para todo lugar através da Record Collection. Chegando ao fim aos 19 minutos e com três músicas, esse é um dos lançamentos mais curtos que Frusciante já fez.

Nos anos seguintes a sua saída do Red Hot Chili Peppers e ao lançamento de The Empyrean, Frusciante sumiu do mapa, apenas fazendo algumas participações especiais e colaborações com o guitarrista Omar Rodriguez-Lopez do At the Drive-In/The Mars Volta/Bosnian Rainbow. Então quando lançou Letur Lefr, sob pouquíssimo alarde três anos depois, muita gente ficou animada sobre o que estava por vir. Letur Lefr marcou a saída de Frusciante da tradicional linha de guitarra, de sons cheios de alma que seu trabalho solo ficou conhecido e marcou o começo de sua experimentação com eletrônica, hip-hop e música que descreveu como “progressive synth-pop”, apresentado no LP seguinte, PBX Funicular Intaglio Zone. Obviamente, isso foi recebido de várias formas, a maioria (inclusive eu mesmo) não entendendo nada do que estava acontecendo naqueles álbuns. Ele já tinha se aproximado do gênero eletrônico no passado como visto em A Sphere in the Heart of Silence e To Record Only Water for Ten Days, mas nunca nesse nível.

Outsides mostra Frusciante fazendo basicamente tudo, desde a instrumentação, passando pela produção e até a arte da capa. Enquanto seu estilo de tocar que várias pessoas amam é um pouco mais prevalente, essa nova direção que ele está tomando é, pelo menos, diferente.

A faixa de abertura e obra central “Same” começa com uma batida sintetizada e funkeada, uma batida que Frusciante diz que seria feita pelo seu baterista dos sonhos. Isso dura um pouco até que ele começa um longo e improvisado solo de guitarra.

A mais curta, mais interessante, embora mais irritante, faixa do Outsides vem a seguir. “Breathiac” é um free jazz, a maioria bateria; é a mais difícil de engolir das três músicas pela quantidade de coisas que ela joga em você em dois minutos. Fãs do PBX Funicular Intaglio Zone vão se sentir em casa com essa.

“Shelf” é a música final do EP, um pouco mais descontraída, mas ainda guiada pela bateria.  Conta com efeitos de drum machines, teclados, uma distante faixa de guitarra e um pequeno momento de vocais, os únicos vocais que aparecem no Outsides. Esse momento é o meu favorito no álbum. Pela metade da música, as guitarras pausam, a música entra num distinto e atmosférico ritmo melódico, e então os vocais de Frusciante aparecem. Depois das loucuras que aparecem nas músicas anteriores a essa, isso é como ver um grande amor perdido depois de anos separados.

Depois de Outsides, você pode apenas imaginar o que John Frusciante vai jogar em você da próxima vez com essa nova direção que ele está tomando em sua carreira solo. Se o objetivo dele é, não evitar, mas trabalhar fora dessas tradicionais esferas de rock e pop, ele está fazendo isso e um pouco mais.

Agradecimentos: Universo Frusciante

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