Retrospectiva de algumas notícias publicadas em novembro deste ano no blog, lembrando que ao longo deste mês de dezembro, foram publicadas as retrospectivas de todos os meses de 2012 ao longo dos dias no blog. Falta apenas o mês de dezembro para ser lembrado no blog.
Parabéns Anthony Kiedis!
Hoje, 01 de novembro de 2012, nosso vocalista completa 50 anos!
Vale a pena ler um pouco da história e trajetória do nosso grande vocalista, desde sua infância até o sucesso!
Início
Anthony nasceu em Grand Rapids, Michigan, no dia 1 de novembro de 1962, tendo como seus pais John Kiedis e Margaret "Peggy" Noble. Tem ascendência indígena, lituana, alemã, irlandesa e francesa. Seus pais se divorciaram em 1965, quando ele tinha apenas 3 anos. Anthony é vegetariano e possui duas meio-irmãs por parte de mãe, Julie e Jennifer, e um meio-irmão por parte de pai, James.
Kiedis viveu em Grand Rapids com sua mãe até os 11 anos, quando então se mudou para Los Angeles, a fim de viver com o pai. Kiedis foi um rockeiro que levou a serio o lema "sexo, drogas e rock and roll". Em sua juventude gostava de ouvir Sly & the Family Stone, Iggy Pop, Led Zeppelin, What Is This? (da qual os futuros membros de sua banda, Hillel Slovak e Jack Irons faziam parte) e Stevie Wonder - artistas que influenciariam a música dos Red Hot Chili Peppers. Desde cedo já demonstrava ser diferente dos outros, com notas altas na escola mas ao mesmo tempo sendo um trombadinha como ele mesmo relata, ao qual nenhum dos professores gostava.
Aos 15 anos, enquanto estudava na Fairfax High School, ele conheceu os futuros colegas de banda Michael Balzary (Flea), Hillel Slovak e Jack Irons. Em sua autobiografia, Scar Tissue, Kiedis fala sobre sua posição como "protetor" dentro das escolas, defendendo outras crianças que eram discriminadas pelos colegas. Quando ele viu Flea dando uma "gravata" em um de seus amigos ─ que inclusive, era amigo dele também ─, Kiedis disse a ele para se afastar e não fazer aquilo novamente, ou iria se ver com ele. No entanto, após o mal-entendido, os dois sentaram-se lado a lado na aula teórica de direção, e acabaram tornando-se amigos inseparáveis. Junto de Hillel, vivam sempre juntos na adolescência, andando pelas ruas da Califórnia. Segundo Kiedis relata na sua autobiografia eles adoravam o rock, as garotas, surfar e ficar chapado. Os três experimentariam juntos quase tudo. Inclusive morarem juntos, após a saída de Kiedis de casa, passaram a morar juntos por um breve período de tempo, na sua biografia Kiedis relata, "em uma casa onde não havia porta da frente", o que segundo ele, foram notar apenas alguns meses depois de estarem vivendo no local.
Red Hot Chili Peppers
Após o colégio, Kiedis foi estudar na UCLA. ano depois, ele abandonou os estudos após perder o interesse, parte pelo uso abusivo de drogas fortes como cocaína e heroína. Este ciclo de vício e sobriedade nos anos 1980 foi a base para muitas de suas letras. Depois de sair da UCLA, Kiedis teve a oportunidade de abrir o show da banda de um amigo seu, então juntou-se a Flea, Hillel Slovak e Jack Irons. Inicialmente, o grupo chamava-se Tony Flow and the Miraculous Majestic Masters of Mayhem, mas quando a banda foi convidada a apresentar-se novamente no mesmo clube, o grupo mudou o nome para Red Hot Chili Peppers. Pouco tempo depois, Slovak e Irons deixaram os Chili Peppers para se dedicarem à outra banda, What Is This?, pois eles consideravam a Red Hot Chili Peppers como uma banda paralela que não era viável à indústria musical. A formação original do grupo no primeiro CD, então, acabou tendo Anthony Kiedis, Flea, Jack Sherman e Cliff Martinez.
Projetos Paralelos
Usando o nome artístico Cole Dammett (adaptado do nome artístico de seu pai, Blackie Dammett), Kiedis fez algumas pequenas participações na televisão e no cinema quando era adolescente, nos anos 1970. Sua filmografia inclui o filme F.I.S.T., com Sylvester Stallone. Retomando seu trabalho como ator nos anos 1990, Anthony apareceu no filme Caçadores de Emoção, de 1991, tendo como protagonistas Keanu Reeves e Patrick Swayze, e interpretando um surfista chamado Tony. Em 1994, ele e Flea fizeram uma breve participação no filme protagonizado por Charlie Sheen, Rotação Máxima.
Em 2004, Kiedis lançou sua autobiografia intitulada Scar Tissue, que ficou em 17ª posição na New York Times Bestseller List. Anthony também fez parte da organização do New American Music Union, um festival musical de verão que dura dois dias e foi marcado para Agosto de 2008 em Pittsburgh, Pensilvânia.
Vida pessoal
Sonny Bono, cantor, ator e político norte-americano foi padrinho de Anthony Kiedis. Sonny era um bom amigo na época do pai de Anthony, Blackie. Sonny costumava levar Anthony em viagens de fim de semana e Cher foi mesmo uma babá para Anthony.
Heather Christie, ex-namorada de Anthony, deu à luz ao primeiro filho dele, Everly Bear, no dia 2 de outubro de 2007. De acordo com Kiedis, Everly é nomeado por causa de uma das bandas favoritas de Anthony, The Everly Brothers. Kiedis e Christie terminaram o relacionamento em junho de 2008. Além de Heather, também passaram pelo currículo amoroso de Anthony Kiedis: Sofia Coppola, Jessica Stam, Sinéad O'Connor, Heidi Klum, Nina Hagen, Yohanna Logan (cujo nome foi mudado para "Claire Essex" em edições posteriores de Scar Tissue), Jaime Rishar, Jennifer Bruce, Carmen Hawk e Haya Handel. Anthony possivelmente também teve relacionamentos casuais com Madonna e Mel C, das Spice Girls.
Ele é vegetariano desde os anos 1980. Ele agora é vegano desde 2008, por causa por do PETA: "Logo depois eu fui vegano, eu vi um documentário do que acontece na produção industrial de vacas…Isto selou o negócio (de ser vegano)." Kiedis regularmente prática meditação vipassana e é um seguidor do Cabala, mas diz: "Eu não vou para seitas e denominações."
Kiedis é um antigo torcedor do Los Angeles Lakers junto com o amigo e baixista Flea.
Gravações com o Red Hot Chili Peppers e Rock And Roll Hall Of Fame 2012
Anthony Kiedis gravou todos os álbuns com o Red Hot Chili Peppers. O mais recente álbum é o "I'm With You" de 2011. Até o momento, o Red Hot Chili Peppers já venderam mais de 65 milhões de álbuns em todo o mundo. O grupo detêm o recorde de mais hits número um na Alternative Songs (12) e ganharam 6 vezes o Grammy Awards. No dia de 14 de abril de 2012, o Red Hot Chili Peppers entrou na história da música ao entrar no Rock And Roll Hall Of Fame.
MTV exibe show do Red Hot Chili Peppers no Red Square, Moscow
Hoje, às 23h30, a MTV irá exibir o show que o Red Hot Chili Peppers fez em 1999 no Red Square, em Moscou.
Segue abaixo o comunicado no site oficial da MTV:
É fã de Red Hot Chili Peppers? Então seu feriado ficou muito mais animado! Nesta sexta, 2 de novembro, reviramos o baú da MTV e exibimos um show da banda que rolou na cidade de Moscou, em 1999.
Entre as músicas que fazem parte do repertório estão as clássicas Scar tissue, Suck my kiss, Under the bridge, Me and my friends, The power of equality, Fire, Give it away, Californication, My lovely man, If you have to ask.
O Tesouro MTV com show do Red Hot vai ao ar nesta sexta, 2 de novembro, às 23h30!
Ouça The Sunset Sleeps e Hometown Gypsy no YouTube
O canal do Red Hot Chili Peppers no Youtube (RHCPtv) publicou dois vídeos com as duas novas b-sides na íntegra.
Foi lançado oficialmente mais duas b-sides da série "I'm With You Sessions", com as duas novas músicas The Sunset Sleeps e Hometown Gypsy. No total, serão 18 canções.
As primeiras músicas lançadas e divulgadas foram Strange Man e Long Progression; Magpies on Fire e Victorian Machinery e Never Is A Long Time e Love Of Your Life.
The Sunset Sleeps e Hometown Gypsy estão disponíveis no RHCPtv e já estão à venda também no iTunes.
The Sunset Sleeps e Hometown Gypsy estão disponíveis no RHCPtv e já estão à venda também no iTunes.
The Sunset Sleeps
Hometown Gypsy
John Frusciante participa de trilha sonora de " The Man With the Iron Fists" - (2012)
John Frusciante irá aparecer na trilha sonora original do filme The Man With the Iron Fists, um filme de artes marciais que marca a estreia do rapper RZA como diretor.
A trama é centrada em um ferreiro (RZA) que faz armas em uma pequena vila da China feudal. Algo acontece e ele é forçado a defender a si mesmo e aos camponeses do local. Russel Crowe vive o vilão. Lucy Liu, Rick Yune e Jamie Chung também estão no elenco, entre outros.
RZA trabalhou com Crowe em O Gângster e está ainda no elenco de Django Unchained, o faroeste sulista de Quentin Tarantino – que produz The Man with the Iron Fists. O filme tem previsão de estreia para 2 de Novembro nos EUA.
A lista de créditos foi incluída no comunicado de imprensa mais recente. RZA é o diretor e roteirista. John Frusciante é listado com duas músicas inéditas, uma das quais é a sua própria. A outra é um remix de uma música do Wu-Tang que ele co-produziu.
A música que o John é creditado é "Foregrow", composta por ele mesmo.
Mais informações: Irons Fists Notes e Invisible-Movement.net.
Review: Matéria da Rolling Stone sobre o aniversário do Anthony Kiedis - Novembro/2012
Artistas brasileiros refletem sobre a importância do Red Hot Chili Peppers, banda liderada pelo cantor.
Fonte: Rolling Stone
Uma das mais queridas bandas norte-americanas das últimas três décadas, o Red Hot Chili Peppers está em festa. A razão é que, nessa quinta-feira, 1º de novembro, o vocalista Anthony Kiedis faz 50 anos. Essa mesma idade foi comemorada pelo baixista australiano Flea em 16 de outubro. E no ano que vem, os rapazes completarão três décadas juntos.
O Red Hot Chili Peppers surgiu em 1983, em Los Angeles, na Califórnia, com Kiedis, Flea, o guitarrista Hillel Slovak e o baterista Jack Irons – primeiro, sob o gigantesco nome Tony Flow and the Miraculousy Majestic Masters of Mayhem. Naquele mesmo ano, já adotando o nome definitivo, os rapazes assinaram contrato com a gravadora EMI, por onde lançaram o primeiro e homônimo álbum de estúdio, em 1984. O segundo, Freaky Styley, veio em 1985. O terceiro, The Uplift Mofo Party Plan, só saiu dois anos mais tarde. De início, a explosiva mistura de funk, punk, rap, metal e rock psicodélico do Chili Peppers chegou a extrapolar as fronteiras dos Estados Unidos. Para piorar, em 1988 Slovak morreu, vítima de uma overdose de heroína.
Após algumas tentativas de substituí-lo, a banda chegou a mais famosa formação com o guitarrista nova-iorquino John Frusciante, que participou do álbum que é considerado a primeira grande guinada na carreira do quarteto. Mother’s Milk (1989) traz como destaques as covers de “Higher Ground”, de Stevie Wonder; e de “Fire”, de Jimi Hendrix, além das próprias “Taste the Pain”, “Good Time Boys” e “Knock Me Down”.
“Apesar de o John Frusciante ser aluno do Hillel Slovak, no Mother’s Milk eles encontraram o som que queriam. O disco é impecável, junto com os bônus e EPs que vêm com uma edição em vinil”, relembra Beto Bruno, vocalista da banda gaúcha Cachorro Grande, que durante três anos teve uma banda de cover do Chili Peppers. “Na época, os lances demoravam a chegar no Brasil. Então, a primeira vez que os vimos [a banda] foi no clipe de ‘Higher Ground’, na MTV, que foi a música que trouxe a banda para o resto do mundo.”
Outro admirador desse disco é Tico Santa Cruz, vocalista dos Detonautas Roque Clube, que abriu shows para os Red Hot Chili Peppers no Brasil em 2002. “Para mim, Mother’s Milk foi um álbum emblemático, porque me apresentou e me fez ter uma relação estreita com a banda. Nunca tinha escutado nada parecido e gostei do estilo todo”, explica o cantor. “Foi um disco que ouvi do início até o final, pois tinha o espírito do que eu vivia no momento. Até então só gostava de músicas brasileiras.”
Em 1991, veio o mais aclamado álbum da banda, Blood Sugar Sex Magik, que emplacou sucessos como “Suck My Kiss”, “Under The Bridge”, “I Could Have Lied”, “Breaking The Girl”, “The Power of Equality” e talvez o maior hit da banda até o momento, “Give It Away”. O trabalho entrou para a lista dos 200 discos definitivos no Rock and Roll Hall Of Fame e vendeu mais de 13 milhões de cópias no mundo todo. “Foi um dos – se não o – primeiros CDs que tive na vida, e nessa época, quando ele foi lançado, eles eram a minha banda preferida”, comenta Carlos Carneiro, vocalista da banda gaúcha Bidê ou Balde. “Eu amava também Freaky Styley, Mother's Milk e até a coletânea What Hits, que saiu depois, mas a excelência do Blood Sugar sempre me pareceu insuperável. É um discaço, uma obra prima. Para mim, a fineza máxima da banda.” Para o baterista do Ira!, André Jung, esse foi o álbum em que a banda realmente se encontrou. “O Blood Sugar tem a formação clássica do Red Hot Chili Peppers, é o que tem a melhor coleção de canções e é onde o Anthony Kiedis atingiu a maturidade como vocalista.”, acredita o músico. Ele ainda aproveita para analisar o “Give it Away”. “Para mim, é uma releitura de ‘Come Together’, dos Beatles, com nítidas influências principalmente na linha de baixo.”
Todo aquele sucesso teve suas conseqüências. John Frusciante teve dificuldades em lidar com a fama e deixou a banda, sendo substituído por Dave Navarro, do Jane’s Addiction, que participou do álbum One Hot Minute. Frusciante retornou no disco seguinte, Californication (1999), outro grande sucesso. Além da faixa-título, “Around the World”, “Scar Tissue”, “Road Trippin’”, “Parallel Universe” e “Otherside” estiveram nas paradas de diversos países. “Esse é um disco sensacional, que tem uma sequência de hits matadores. Apesar de o Red Hot ser muito conhecido pela mistura de funk-rap e rock, curto muito os sons mais pop e melodiosos deles”, confessa Bianca Jhordão, vocalista da banda carioca Leela.
Outro fã de Californication é Luca Bori, baixista da banda baiana Vivendo no Ócio. “‘Foi um disco que fez parte da minha adolescência. Eu e o Davide [Bori, guitarrista] ganhamos de uma amiga do nosso pai. Lembro que eu tinha uns 12 anos. Foi bem nessa época que comecei a me interessar mais pela música em geral, e também a arranhar os primeiros acordes no violão. É um disco completo, com ótimos riffs de guitarra, linhas muito bem trabalhadas no baixo, uma bateria com muito groove e melodias que grudam na cabeça.”
Após quase três décadas de atividade, Anthony Kiedis e Flea chegam juntos aos 50 anos, como artistas consagrados, com seis prêmios Grammy na bagagem e mais de 65 milhões de discos vendidos no mundo todo. Em 2008, eles foram reconhecidos com um estrela na Calçada da Fama, em Los Angeles, e recentemente entraram para o Hall da Fama do Rock and Roll, em 2012. Não há dúvida: o Red Hot Chili Peppers é, ainda hoje, uma das mais importantes bandas de rock do planeta.
Fonte: Rolling Stone
Atoms for Peace irá lançar seu primeiro álbum em Janeiro/2013
O Atoms for Peace, projeto de Flea e Mauro Refosco com Thom Yorke e produtor Nigel Godrich, vai lançar seu álbum de estreia, AMOK, no dia 28 de janeiro. O supergrupo está planejando o disco há mais de um ano, e revelou o primeiro single, "Default", em setembro. "Nós fomos ao estúdio por três dias e simplesmente tocamos – totalmente em improvisações", disse Flea à Rolling Stone EUA.
Confira o tracklist de AMOK e ouça "Default":
1. "Before Your Very Eyes . . ."
2 . "Default"
3. "Ingenue"
4. "Dropped"
5. "Unless"
6. "Stuck Together Pieces" 7
7. "Judge, Jury and Executioner"
8. "Reverse Running"
9. "Amok"
Créditos: Site RHCP Brasil
Anthony Kiedis no programa "Para Gostar de Música" da MTV
O vocalista do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, foi um dos destaques no programa "Para Gostar de Música" - Meio século de Rock: Os cinquentões do ano! - 06/11/2012.
Durante o programa foi mostrado 10 ídolos da música que completaram 50 anos em 2012.
Vale a pena ver o programa na íntegra:
Notícias relacionadas:
Flea tocou o hino dos Estados Unidos da América em jogo de basquete da UCLA
Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers, participou da abertura de um jogo de basquete da UCLA, nos Estados Unidos, que aconteceu na última sexta-feira, dia 09 de novembro de 2012.
Ele tocou o hino dos Estados Unidos da América. Vejam no vídeo abaixo:
John Frusciante irá lançar oito de seus álbuns solo em vinil
O guitarrista John Frusciante anunciou que vai lançar oito de seus discos solo no formato vinil 180 gramas. Os ‘LPs’ serão disponibilizados em edição limitada a partir do dia 11 de Dezembro pelo selo Record Collection. Cada LP também virá com um cartão para download nos formatos MP3 ou WAV.
Os registros que serão convertidos são: "The Will To Death", "Inside of Emptiness", "A Sphere in the Heart of Silence" e o EP "DC", todos de 2004; "Curtains" (2005) e "The Empyrean" (2009). Há também dois trabalhos lançados com Ataxia: "Automatic Writing" (2004) e "AW II" (2007).
Cada álbum tem preço estimado em US$ 34,99, com exceção do EP "DC", que vai custar US$ 29,99. Uma box com todos os registros custará US$ 249.99.
Já e possível pré-ordenar no site do John Frusciante.
09 anos de lançamento do álbum "Greatest Hits"
Hoje, 18 de novembro de 2012, o álbum Greatest Hits completa 09 anos de lançamento.
Greatest Hits é um álbum de coletâneas da bandas Red Hot Chili Peppers, lançado em 2003 pela Warner Music. Vem com canções de 1989 a 2002 da banda, que inclui o cover "Higher Ground" e clássicos como "Under the Bridge", "Californication", "Universally Speaking", entre outras. Conta também com duas canções inéditas. Greatest Hits lançado junto com um DVD vendido separadamente contendo a maioria dos seus vídeos musicais.
Em 2011, Chad falou sobre as músicas gravadas para a coletânea: "Quando estávamos fazendo o nosso disco Greatest Hits em 2003, a Warner queria algumas músicas extras. Então nós planejamos escrever as músicas durante o próximo intervalo na turnêque estávamos na época, e nós gravamos dezesseis músicas.
Então nós colocamos o álbum Greatest Hits para lançamento e excursionou um pouco mais, e depois voltamos a escrever mais algumas canções, e eu era como, "Vamos escrever mais dez, talvez mais sete, adicioná-lo para os outros que tínhamos feito anteriormente, e nós vamos ter um registro."
Eu me lembro de John Frusciante era como, "Hmmm ... que era como há nove meses atrás. Estou tocando de forma diferente, estou ouvindo coisas diferentes, então eu vou escrever uma música diferente. Portanto, há um álbum que fizemos que eu não sei se alguém vai ouvir. Mas estamos bastante confiantes a essa ideia de gravar o que estivemos na época. E é isso que é emocionante para mim, mostrando-se na prática e se perguntando, O que está acontecendo hoje?"
A banda lançou a música Fortune Faded como videoclipe. Confira o Making of de Fortune Faded no YouTube:
Parte 1
Parte 2
Videoclipe
Red Hot Chili Peppers confirma dois shows no México em 2013
O site oficial do Red Hot Chili Peppers anunciou que a banda irá fazer dois shows no México. Vejam as datas abaixo:
03/03/2013, Guadalajara, VFG Arena
05/03/2013, Mexico City, Sports Palace
Fonte: Site Oficial
Vintage Guitar: Guitarras favoritas do John Frusciante
Outtakes de uma seção de fotos que o John fez em 2009 para Vintage Guitar. Em destaque algumas das guitarras preferidas do John.
Fotos por Neil Zlozower:
[...] Frusciante recentemente terminou seu último disco solo, The Empyrean - Um álbum conceitual no qual ele usou uma vasta gama de equipamentos vintages¹. Ele estava feliz em explicar seu processo criativo para a gravação das faixas e graciosamente permitiu à Vintage Guitar total acesso para olhar muitas das suas guitarras favoritas. Embora ele não se considere um colecionador, ao longo de anos Frusciante adquiriu um impressionante arsenal de instrumentos, preferindo as Stratos pré-CBS como sua escolha de guitarra tanto em palco, como em estúdio.
Fotos por Neil Zlozower:
Como você descreveu, há muitas atmosferas diferente, e soa como se houvessem diferentes montagens para cada canção. O que você estava usando para alcançar os sons?
John Frusciante: Tão amplamente como guitarras e efeitos, em todas as minhas gravações solo no passado, eu nunca usei o mesmo artifício que eu uso nos Chili Peppers. Nos Chili Peppers, eu sempre tenho uma Marshall Major, Marshall Jubilee, e minhas velhas Fender Stratocasters. Minha Strat principal é uma Sunburst ’62, minha segunda favorita é uma Sunburst ’57 (nota da edição: colocações sugerem que a Strat é na verdade uma ’55) e minha terceira é uma Red ’61. É interessante, a relação entre o tom quando você toca uma guitarra elétrica acusticamente e quando você toca através de um amplificador. Há definitivamente uma correlação entre como ele soa acusticamente e como ele soa através de um amplificador. Esta é minha guitarra de som mais acelerado, acusticamente e plugada. É muito acerca da maneira como ele vibra quando você toca notas diferentes. Naquela guitarra, há certas lamúrias onde você ouve um som refletido [não consegui traduzir essa frase melhor que isso]. Ela tem que fazer com as origens no passado, mas é interessante como algumas guitarras têm certos pontos de acesso nelas e certos locais parece que vibram mais que outros. É tudo coisa que dá a ela personalidade. Eu gosto de trabalhar e explorar coisas assim. Ela te dá um caminho para a viagem ao invés de apenas ter todas as opções e nenhum lugar para ir. É como ter uma liberdade sem limites, mas não saber o que fazer com ela.
John Frusciante: Tão amplamente como guitarras e efeitos, em todas as minhas gravações solo no passado, eu nunca usei o mesmo artifício que eu uso nos Chili Peppers. Nos Chili Peppers, eu sempre tenho uma Marshall Major, Marshall Jubilee, e minhas velhas Fender Stratocasters. Minha Strat principal é uma Sunburst ’62, minha segunda favorita é uma Sunburst ’57 (nota da edição: colocações sugerem que a Strat é na verdade uma ’55) e minha terceira é uma Red ’61. É interessante, a relação entre o tom quando você toca uma guitarra elétrica acusticamente e quando você toca através de um amplificador. Há definitivamente uma correlação entre como ele soa acusticamente e como ele soa através de um amplificador. Esta é minha guitarra de som mais acelerado, acusticamente e plugada. É muito acerca da maneira como ele vibra quando você toca notas diferentes. Naquela guitarra, há certas lamúrias onde você ouve um som refletido [não consegui traduzir essa frase melhor que isso]. Ela tem que fazer com as origens no passado, mas é interessante como algumas guitarras têm certos pontos de acesso nelas e certos locais parece que vibram mais que outros. É tudo coisa que dá a ela personalidade. Eu gosto de trabalhar e explorar coisas assim. Ela te dá um caminho para a viagem ao invés de apenas ter todas as opções e nenhum lugar para ir. É como ter uma liberdade sem limites, mas não saber o que fazer com ela.
Então as guitarras deste álbum foram uma daquelas três Strats e, nas partes acústicas, um Martin todo-mogno. Para amplificadores, eu estava usando ambas Major e Jubilee. Eu usei um Fender Bassman em umas poucas coisas também. Nos últimos anos eu busquei profundamente o que eu posso fazer com uma Marshall e uma Strat, tão amplamente quanto feedback, tom, e coisas como pedais wah. Pelo fato de estar entre sintetizadores, eu comecei a aproximar as ferramentas na configuração básica de uma guitarra com distorção, wah, barra whammy, e amplificação. Eu comecei realmente a procurar aquilo como parâmetros, assim como knobs em um sintetizador. Apenas há maneiras de produzir sons diferentes. Para este, eu quis usar o mesmo mecanismo que uso nos Chili Peppers, porque esta é a parte de mim que eu tenho posto no maior tempo de desenvolvimento.
Fonte: Universo Frusciante
Fonte: Universo Frusciante
Processo de gravação do álbum "Californication"
Detalhes sobre o processo de produção de Californication. Em uma entrevista feita em Dezembro de 1999, com o engenheiro de som Jim Scott.
Um novo álbum de enorme sucesso marca o retorno a forma do Red Hot Chili Peppers - e incrivelmente, é quase todo em mono. Engenheiro Jim Scott fala para Paulo Tingen sobre o processo de gravação e a abordagem direta de produção e mixagem da banda.
Há muitos sinais de que a "Californicação" do mundo está em plena atividade, mas recentemente tem havido um acessório importante para o controle global, na forma do mais recente álbum do ressuscitado Red Hot Chili Peppers. É o álbum mais bem sucedido da banda até à data, chegando a platina na Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Japão e EUA, e ouro na Grã-Bretanha e quase todos os países europeus. Aparentemente, o título surgiu de uma visita do cantor Anthony Kiedis a Bornéu. Ele ficou surpreso a cultura local saturado de imagens da Califórnia, sejam elas de Coca-Cola, Marlboro e filmes de Hollywood, ou camisetas, posters, CDs e cassetes de bandas californianas, como o Red Hot Chili Peppers. Californication é, portanto, um título maravilhosamente previdente, e o duplo sentido é apropriado para uma banda que regularmente apimenta as suas letras, shows e vídeos com fantasias de sexo explícito.
Jim Scott |
Claro, o funk, rock e rap de Los Angeles da banda conheceu o sucesso comercial antes, com seu álbum de 1991, Blood Sugar Sex Magik fixou-os no palco internacional. Foi também o primeiro com o lendário produtor Rick Rubin, que produziu Slayer, Danzig, os Beastie Boys e AC/DC, e que mais recentemente tem trabalhado com Donovan, Johnny Cash e Tom Petty. Em 1995, ele ajudou os Chili Peppers novamente com One Hot Minute, mas depois disso a banda caiu em relativa obscuridade, o guitarrista John Frusciante caiu em auto-destruição induzida por drogas.
Quatro anos depois, várias quase-milagres aconteceram. Frusciante, que poucos acreditavam que iria sobreviver, agora está fora das drogas, tem um novo conjunto de dentes, alguns enxertos de pele nos braços e claramente ainda sabe tocar guitarra. Além disso, ele ressuscitou os Chili Peppers com Kiedis vocalista, Flea baixista e Chad Smith baterista. Seu álbum novo envolvente tem uma vibe rock de alta energia intercaladas com algumas baladas tocantes, das quais 'Scar Tissue' se tornou um sucesso monstro. Rick Rubin esteve mais uma vez na cadeira do produtor, com o engenheiro/produtor de Los Angeles Jim Scott nos controles.
Assim como Rubin, Scott, de 47 anos, tem uma impressionante longa lista de créditos para o seu nome, tendo trabalhado com Natalie Merchant, Lucinda Williams, Counting Crows, Tom Petty, Neil Young, Rolling Stones, os Finn Brothers, Robbie Robertson, Sting , Santana, Seal e Jewel. Scott fez um notável trabalho em capturar o som e a energia dos Red Hot Chili Peppers, resultando em um álbum contundente e de sonoridade corajosa. E aqueles que ouviram o álbum em detalhes devem ter notado algumas peculiaridades: a maioria está em bom e velho mono, e não há quase nenhum reverb. O resultado é um som bem compacto e forte.
Alto e Limpo
John gravando Californication 98/99 Cello Studios - Los Angeles |
Falando de sua casa em Los Angeles, Jim Scott era mais do que feliz em divulgar detalhes interessantes sobre o processo de gravação, onde outros engenheiros podem ser um pouco evasivos. Tomando a história desde o início, ele se lembrou: "Após o retorno de John Frusciante, houve um longo período de refamiliarização das músicas e das composições. A banda ensaiou na maior parte do verão de 1998 na garagem da casa do Flea, e quando chegaram ao estúdio de gravação estavam muito bem preparados. Eles começaram a gravar com outro engenheiro, mas depois de uma semana eles sentiram que as coisas não estavam acontecendo. Por sorte, aconteceu de eu estar trabalhando em um estúdio adjacente chamado Cello Recording [antigo Western Recorders] em Los Angeles, então Rick me pediu pra fazer parte, como eu já havia trabalhado com ele antes. Depois que eu comecei a trabalhar com eles, os Peppers ficaram feliz com o som, mas tudo que eu fiz foi simplesmente capturar o som da banda na sala. Nós gravamos 30 músicas em cerca de uma semana, o que é um monte de fita e uma série de performances. Mas eles estavam tocando muito bem, então tudo o que tínhamos que fazer era colocar a mão na massa. A única coisa que poderia ter mudado durante a gravação eram as estruturas das canções, mas Rick tem a sua maneira de trabalhar com a banda e eles realmente confiam em sua decisão.
"Gravamos os quatro ao mesmo tempo, que é basicamente o som do álbum. John fez overdubs de guitarra, talvez dois ou três em algumas das canções, mas no mundo de overdubs isso não é muito. A guitarra slide em 'Scar Tissue' é sobreposta, por exemplo. Eu não acho que alguma vez ele tenha voltado e substituido uma pista inteira de guitarra, e Flea deve ter substituído algumas seções pequenas. Nós também adicionamos algums power chords de piano estilo AC/DC durante a mixagem, mas isso não é como se fosse camadas e camadas de overdubs. O som do disco é o que aconteceu durante essa primeira semana de gravação. Aquela bateria, baixo e guitarra "ao vivo" foi em cada música."
De acordo com Scott, Cello Recording foi outro ingrediente importante na construção do álbum. Ele gosta de gravar lá, porque "tem a melhor coleção de microfones rock & roll do mundo, e eles colecionam antigos consoles Neve e antigos gravadores de fita analógicos." Suas instalações no Studio 2, uma sala retangular de tamanho médio, também ajudou a criar um certo som. Scott explica: "A bateria estavam em um elevador no meio, e havia uma grande cabine de isolamento onde colocamos os amplificadores de John e Flea, apenas para mantê-los fora da sala de bateria. Nós construímos uma casinha pequena em torno dos alto-falantes do baixo, para protegê-los do amp de guitarra. Mas o vazamento não é esse problema tão grande. Na minha experiência, não é um problema desde que você faça pelo menos uma tentativa de ter alguma separação. Houve também uma pequena e separada cabine de vocal, onde Anthony cantou.
"Flea, John e Chad estavam cerca de 3 metros de distância um do outro em um círculo muito pequeno, e Anthony estava a apenas mais alguns metros de distância em sua cabine, facilmente visível através do vidro. Eles podiam ver um ao outro o tempo todo. Não havia defletores ao redor da bateria, então ela apenas soava bem alto na sala. Montei dois microfones ambiente, mas não os usei, de modo que o som da bateria é bem próximo. Chad tem baterias de boa sonoridade, e você pode ouvir a dinâmica e os detalhes em seu groove, por isso era apenas uma questão de conseguir colocar isso na fita. O mesmo acontece com Flea, que tem ótima técnica no baixo - mesmo quando ele toca rápido você ainda consegue ouvir todas as notas. Por eles todos terem tocado tão bem, e por causa da maneira que eu microfonei eles, o som todo era seco e forte. Tudo é alto e claro."
Pegue Isto Enquanto Está Quente
Cello Studios - Los Angeles |
Então como, exatamente, Jim microfonou as coisas? Este é o ponto onde uma certa reticência muitas vezes entra em cena, como se muitos engenheiros quisessem proteger seus próprios segredos comerciais. Talvez eles desejam manter uma mística, ou talvez eles simplesmente preferem falar principalmente sobre os valores intangíveis de um trabalho que requer habilidades técnicas e artísticas. Scott fez protestar algumas vezes que ele não usou mais que "nada de extraordinárias" configurações, mas de qualquer forma ele foi feliz em explicar detalhes: "Para conseguir um som apertado, antecipadamente você tem que colocar os microfones muito perto da bateria. O som ambiente não vem nele. Em algumas gravações tudo que você quer é o som da sala, assim você tem aquele ótimo som de bateria do Led Zeppelin. Mas Rick prefere fazer as coisas soando muito alto e bem na sua cara. Ele não quer que o microfone fique a 10 metros de distância se ele pode ser apenas a um pé de distância. A configuração do microfone era uma abordagem básica de rock & roll que eu aprendi no The Record Plant nos anos 80, nada muito exorbitante.
"Eu usei um Neumann U47 no bumbo, colocando-o bem para dentro. Havia dois Sennheiser MD421 nos tons, dois Neumann U87 como overhead, e um Shure SM57 no chimbau. A caixa foi captada por dois microfones SM57, um acima e outro abaixo dela, além de um Neumann KM84 em cima, que me deu uma configuração 'microfone-bom/microfone-ruim': entre os dois você pode encontrar o som ideal, e você pode obter brilho e volume. Os três mics da caixa acabaram todos em uma pista. O SM57 debaixo da caixa me deu mais a esteira. Especialmente em baladas soul a esteira tem um som muito bonito, mas Chad toca um pouco rápido demais pra usar muito isso. Tivemos um segundo kit de bateria na sala, que foi afinado completamente diferente, tipo incompatível e desproporcionado. Usamos ela na pista de 'Porcelian'. Tinha mais esteira na caixa, e um bumbo com som macio, além de um prato chiado. Devido à natureza da sala havia mais espaço para estes sons. Eu usei do microfones sobras para esse kit. Acho que houve um SM57 na caixa, um Electrovoice RE20 no bumbo, e dois microfones de fita RCA77 como um geral da baterial. Eu também tive um par de Neumann M50 na sala pra ambiência em ambos os kits de bateria, mas mesmo que eles foram para a fita, eu não os usei na mixagem."
Scott entrou em detalhes sobre as guitarras, baixo e vocais também: "O baixo foi direct-in para a mesa, e eu também gravei os alto-falantes do amplificador com um microfone de tubo [condenser] Neumann U47. Eu costumo misturar 50-50 de direct-In e microfone do alto-falante em uma pista. Eu descobri que é importante ter o som do movimento do ar no baixo. Além disso, às vezes, há distorção no baixo que vem do captador, mas soa muito mais agradável quando ela sai de um amplificador e um alto-falante. Para o guitarra eu usei dois SM57 e dois microfones U87, um em cada gabinete - novamente a combinação 'microfone-bom/microfone-ruim'. Todos os quatro foram pra uma pista, e juntos fizeram um belo grande som de guitarra.
"Anthony sempre usou um SM57 para os seus vocais. Nós o colocamos em uma posição, mas tenho certeza que ele o segurou em sua mão, e se inclinou sobre ele e o engoliu. É assim que ele consegue o seu som, mas isso significava que era importante comprimir-lo, a fim de proteger a fita. Os backing vocals foram 90% feitos por John, embora Flea e Anthony tenham cantado em algumas partes também. Na maior parte do tempo eu usei um U87 em John e Flea, mas algumas vezes, se John tivesse uma idéia que ele quisesse tentar fazer rapidamente, eu gostaria de tê-lo cantando no microfone de Anthony. Ao longo dos anos eu descobri que você não ganha muito ouvindo 25 microfones, quando você tem um bom som. Basta gravar o som bom e acabar com isso. Não é escola de gravação todos os dias - é mais importante obter essas idéias logo enquanto estão quentes ".
Magia
Como se ele não estivesse muito preocupado com os créditos, Scott manteve enfatizando que tudo o que ele realmente fez foi gravar a banda tocando juntos. Havia uma admiração genuína em sua voz quando ele disse: "Esses caras tocam tão bem. Eu os vi passar por altos e baixos, mas agora eles são muito bons. Eu acho que eles são a melhor banda de todas agora. A dedicação da banda para fazer que este disco fosse o melhor possível foi incrível. Anthony chegava todo dia por volta das três horas para ficar pronto para os overdubs vocais que normalmente começavam às quatro. Ele tinha seu professor vocal toda dia, e tomou o seu tempo para aquecer, então ele cantou bem. Eu acho que é o melhor que ele já cantou. Nós provavelmente mantemos alguns vocais 'ao vivo' de Anthony daquela primeira semana, mas ele era o único que voltou e refez a maioria das coisas, em muitos casos por causa de atualizações na letra. Gravamos seus overdubs de vocal na mesma cabine de isolamento. Anthony cantava três ou quatro músicas todos os dias, e então passavamos o tempo separando e escolhendo as melhores partes. Os overdubs vocais demoraram cerca de duas semanas. A gravação inteira durou cerca de cinco semanas, seguidas de algumas semanas mixando, porque Rick não estava sempre disponível para ouvir as mixagens."
Então a banda soava ótima, e a instalação dos microfones era "rock & roll básico". E sobre o caminho do sinal e os efeitos? Scott: "O álbum foi gravado com uma mesa Neve 8038 dos anos 70, em uma Ampex 124 de 24 pistas, das quais quase não existem iguais no mundo. Ambas são verdadeiras máquinas vintage, e soam excelentes. Não usamos nenhum Dolby. Gostamos de chiado. Chiado é nosso amigo. Ouça um disco do Who, é cheia de chiados. A Neve tem excelentes mics pré-amps, então usei eles. Todos os outros mics pré-amps estão tentando ser Neve's. Esta mesa em particular, tinha os equalizadores Neve 1073, e usei um pouco de equalizador enquanto gravava. Há uma diferença enorme entre o que alguém ouve em uma sala de gravação, onde um amplificador de guitarra de 500W está soprando seu cabelo para trás, e uma sala de controle, onde o mesmo som sai de um alto-falante de apenas seis polegadas de altura. Então você tem que colocar tudo em seu lugar, e ter certeza de que ele se sente e soa bem. A maneira de fazer isso é usando equalizador, ou compressão, ou qualquer outra coisa que você pode colocar suas mãos.
"Para fazer com que as coisas soassem grandes na sala de controle, eu adicionei principalmente médios para a guitarra, entre 1kHz e 2kHz, assim como um pouco de graves. O equalizador Neve te dá 56Hz e 100Hz, então foi provavelmente em torno de 100Hz. É bom adicionar graves para a guitarra, porque te da a impressão de soar empolgante, eles podem facilmente pegarem coisas pequenas e finas. Pode saltar para fora dos alto-falantes, mas não é grande demais. John tocou bastante alto, o que, é claro, criou compressão do amplificador, mas eu também comprimi a guitarra de John com um Urei 1176 como eu o gravei. Eu não me importei muito com isso. A maior parte do som vem de seus dedos. Ele usa um pouco de pedais, mas ele não é realmente um cara de pedais. Ele funciona com uma guitarra, um cabo e um amplificador. Nós nunca esperavamos por ele para definir o seu som. E ele tinha o controle incrível de suas próprias dinâmicas. Em uma pista como 'Get On Top' o seu som de guitarra ia de enorme para minúsculo em um instante. Isso foi tudo feito bem 'ao vivo', e não foi eu. Foi isso o que fez este disco ser realmente fácil de gravar."
"Foi a mesma coisa com Flea. Esse som de baixo distorcido que abre o álbum vem simplesmente do jeito que ele bateu no baixo. Eu não fiz nada nisso. Flea nunca foi para o seu amplificador para mudar alguma coisa, e usou o mesmo baixo no álbum inteiro, a não ser em 'Road Trippin', na qual ele tocou um baixo acústico. Eu comprimi sua direct-in e seu som do amplificador com compressores de tubo LA2A. Acho que não acrescentei muita equalização, a não ser talvez um pouco de grave, em torno de 56Hz. Não me lembro de ter adicionado algum médio ou médio-agudo para maior clareza, porque ele soava limpo."
Cello Studios - Los Angeles Clipe de My Friends |
Passando para os tratamentos para os vocais e bateria, Scott explicou que o compressor que ele usou nos vocais de Kiedis, que eram muito dinâmicos pois sua tendência era comer o microfone, era um Urei 1176:"Todo mundo usa aquele. Mesmo que minhas gravações possam soar bastante radicais, eu não exagero com as configurações. Eu usei uma verdadeira configuração pura, relação 4:1, com attack rápido, release lento e compressão apenas o suficiente para fazer o trabalho. Eu imprimi o seu vocal com compressão, era simplesmente parte do som. Eu gravei a bateria com um monte de equalização. Velho rock & roll clássico e coisas do tipo também. Eu acho que você pode encontrar o som de bateria de rock esculpido na face de um equalizador API. Você pode adicionar um monte de 5kHz e 100Hz, e lá está seu som de bateria. Eu usei o equalizador Neve, mas era o mesmo conceito. Adicionei bastante grave para o bumbo e tons, provavelmente em torno de 50Hz, e algum agudo para a caixa e chimbau, apenas o suficiente para deixa-los bonitos."
Em muitos aspectos, parece que a gravação de Californication foi feito com aplicações criativas de técnicas dos anos 60 e 70. Mas, investigando mais profundamente, descobre-se que o álbum não foi feito especificamente em 'retrô', mas ferramentas modernas também foram utilizados. A razão disso é que eles acabaram trabalhando com 48 pistas, o que é notável, dado que a fundação do álbum começou com três caras tocando em uma sala e que havia poucos overdubs instrumentais. Scott: "Eu eventualmente recorria a duas máquinas Ampex 124 sincronizadas. Uma das máquinas era realmente escrava do vocal. Na máquina principal eu tinha em torno de 10 pistas de bateria: bumbo, caixa, tons estéreos, overheads estéreo, chimbau, sala estéreo, e eu geralmente imprimia uma sub-mixagem de bateria comprimida também - isso faz a mixagem bruta soar um pouco mais excitante. Houve também um pouco de percussão, como meia-lua e outros. A segunda mesa de 24 pistas permitiu-nos colocar muitos e muitos vocais e backing vocals. Em seguida transferimos essas faixas para o Pro Tools, para poder experimentar e editar e mover as coisas e arquivá-las. É muito mais rápido para fazer composições vocais como isso do que em analógico, principalmente quando queríamos fazer as mudanças pedidas por Rick. Você pode manter um mapa de onde vieram as partes, para que você possa depois recuperá-los dos originais analógicos."
O Grande Mono
A menção ao Pro Tools, especialmente quando usado no Cello Recording, um ambiente que está tão rodeado de equipamentos clássicos e vintage, traz à tona o debate digital-versus-analógico. Scott parece achar toda a discussão uma perda de tempo: "Eu prefiro analógico, mas vou fazer o meu trabalho de qualquer maneira que eu puder. Vou usar qualquer ferramenta. Eu acho que você atira no próprio pé, usando digital em tudo, mas fomos capazes de tomar decisões rápidas sobre onde estariam as coisas boas usando o Pro Tools."
Scott claramente pertence ao pragmático em vez do campo ideológico, e isso mostra a maneira como ele mixou o álbum, mais do que tudo porque muito disso saiu seco e em mono. Hoje em dia, ou é muito corajoso ou uma coisa muito louca para fazer, mas ele parece ter se saído bem, dado o sucesso do álbum - Warner Brothers pode ter problemas adaptando isso para som surround 5.1, no entanto! Scott descreveu o processo de mixagem desde o começo: "Nosso ponto de partida era que a fita soasse bem, e ela soou bem desde o primeiro dia, então não havia nenhuma razão para mudar isso. Era como se não houvesse nada a ser corrigido na mixagem. Tudo o que eu tinha que fazer era equilibrar direito e torná-la bem alta. Então mixar foi fácil. A minha principal preocupação foi a de construir as pistas certo, de modo que cada refrão fosse sucessivamente mais alto, e assim a dinâmica da música ficaria mais intensa na medida em que ela fosse evoluindo. Eu mixei o álbum na Neve no The Village, em Los Angeles, usando automação de Flying Faders. Recorri a duas mesas de 24 pistas durante a mixagem, para poder voltar para as pistas originais. Por fim acabamos jogando as melhores partes para pistas únicas.
"Em termos de efeitos a mixagem foi totalmente seca. Eu não adicionei nenhum reverb, e outros efeitos muito pouco. Usamos um 'compressor humano' no voca - mantivemos nosso dedo no fader - certificando-se de que Anthony permanecesse na mixagem. Automação é uma ajuda maravilhosa para isso. Também não houve muita re-equalização. Tivemos um som de bateria empolgante, então por que mexer nisso? Eu usei bastante compressão da Neve 33609 na mixagem estéreo, para acrescentar força, e eu adicionei um pouco de grave e um pouco de agudo à mixagem estéreo geral, só para deixá-la mais Hi-Fi. Gravações do Chili Peppers precisam ser animadas e funky, e você pode arruinar gravações tentando fazê-las soarem muito grande. Se você colocar muito grave, você pode derrubar a gravação, e ele começa a se embolar em seu próprio tamanho. Mixamos para diversos formatos digitais (Apogee DAT, Regular DAT, 96K DA88) e 2-Pistas analógicas, comparando tudo, e acabando por usar as 2-Pistas analógicas em 30ips sem Dolby."
Mas então, Sr. Scott, é fato de que a maior parte do álbum é em mono, com exceção dos tons, os demais overdubs de guitarra dividos, e o som de Mellotron de um Chamberlin em 'Road Trippin'? O americano riu: "Sim, seca e mono, é uma gravação bem ousada. Mono ajuda a manter as coisas alto. Eu acho que Rick decidiu que não queria as coisas explodindo de repente no canal esquerdo neste disco. Por que iríamos querer isso? Só queríamos ouvir as músicas. Tentamos dividir as guitarras em esquerda e direita, mas sempre que fazíamos isso, era tipo: 'Soa melhor no meio, vamos deixá-lo no meio.' Quando há uma verdadeira bela guitarra rolando, ela pode estar logo atrás do vocal. O disco é baixo, bateria, guitarra e um cantor. Não é tão complicado. Soou melhor em um grande mono."
Acústico, Mais Ainda Red Hot...
Os sons de Californication são, no geral, elétricos, mas nas faixas 'This Velvet Glove' e 'Road Trippin' o violão pode ser ouvido. Além disso, algumas faixas têm o piano acústico acima mencionado. Scott descreveu sua abordagem para gravar estes: "Minha configuração usual para violão é usar um Neumann U87 e um AKG C452, mais uma vez a idéia 'microfone bom/microfone ruim'. Você não quer que os microfones estejam perto demais, porque o som vai ficar embolado, então eu os coloquei a alguns pés de distância, apontando logo acima ou logo abaixo do buraco do som - a menos que você queira som de 'Jumpin Jack Flash', violões só precisam ser agradáveis. Eu combinei esses dois microfones em uma pista. Nós gravamos o piano acústico durante a mixagem no The Village, em Los Angeles. Fomos por um estilo Beatles, tipo 'A Day in the Life': um microfone muito comprimido, para fazer o som cortar através dele. Eu usei um U87, não muito perto do piano ou dos martelos. Queríamos que o som tivesse bastante ring, e conseguimos bastante attack usando equalizador e um compressor, neste caso um Urei 1176 com muito ganho de entrada e um tempo de release bem lento, então o som se torna tão alto quanto se sustenta."
Nenhum comentário:
Postar um comentário