Há 20 anos, uma série impressionante de lançamentos marcou uma das fases mais ricas do rock.
Em um intervalo de nove meses, pelo menos dez discos importantes chegaram às lojas: "Out of Time" (REM), "Metallica" (Metallica), "Ten" (Pearl Jam), "Use Your Ilusion 1 e 2" (Guns N'Roses), "Nevermind" (Nirvana), "Screamadelica" (Primal Scream), "Blood Sugar Sex Magik" (Red Hot Chili Peppers), "Badmotorfinger" (Soundgarden), "Loveless" (My Bloody Valentine) e "Achtung Baby" (U2).
A variedade de bons discos e rock lançados em 91 impressiona. Além dos dez acima, houve "Bandwagonesque" (Teenage Fanclub), "Gish" (Smashing Pumpkins), "Trompe le Monde" (Pixies), "Every Good Boy Deserves Fudge" (Mudhoney) e "Leisure" (Blur).
Também foi um ano fantástico para o rock mais alternativo, com lançamentos importantes de Fugazi ("Steady Diet of Nothing"), Throwing Muses ("The Real Ramona"), Slint ("Spiderland"), Jesus Lizard ("Goat") e Dinosaur Jr. ("Green Mind").
O período marcou um momento raro de interseção entre a música comercial e a cena alternativa. Dois anos antes, o Sonic Youth, grupo respeitado no "underground", chocara ao assinar com uma grande gravadora, a Geffen.
O mercado, impulsionado pelo crescimento das rádios universitárias e dos selos independentes, passou a se interessar mais por bandas alternativas. Logo as grandes gravadoras brigariam para assinar com artistas promissores. Em 91, Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden lançaram discos por "majors".
A MTV e as rádios começaram a se abrir para sons alternativos. Grupos já consagrados, como REM, Red Hot Chili Peppers e Metallica, tiveram espaço inédito na mídia. E veteranos como U2, talvez inspirados pela competição, fizeram os melhores álbuns.
A boa fase se estenderia até 1992, com LPs e compactos de Radiohead, Suede, Stone Temple Pilots, Rage Against the Machine, Pavement e PJ Harvey.
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