Na noite de ontem (29), o Red Hot Chili Peppers se apresentou no Silverlake Conservatory of Music.
Setlist:
1. Ramblin Man (The Allman Brothers cover)
2. Dark Necessities
3. I Like Dirt
4. Goodbye Angels
5. Under The Bridge
6. By The Way
7. Purple Haze (Jimi Hendrix cover)
Red Hot Chili Peppers - Purple Haze (Jimi Hendrix Cover) 29/09/2018
Trechos do livro "Scar Tissue, a vida alucinada do vocalista dos Red Hot Chili Peppers" (2004), ao qual Anthony Kiedis falou sobre momentos da gravação e composição do álbum "The Uplift Mofo Party Plan".
De acordo com o vocalista Anthony Kiedis, o processo de composição do álbum começou depois de uma nova onda de entusiasmo de sua nova vida. Decidiu escrever uma canção sobre sua experiência de reuniões, de ficar limpo das drogas e da batalha ao vício das drogas. Anthony pegou um bloco de papel, olhou para as nuvens pela janela do avião e começou a escrever uma música ao qual retrata muito bem sua luta contras as drogas. Foi aí então que surgiu a música "Fight Like A Brave".
Pronto para voltar ao trabalho, Anthony Kiedis sentou ao lado do produtor Michael Beinhorn e começou a analisar as canções. Deveria entrar no estúdio e fazer as faixas básicas do álbum em dez dias. E não foi um processo cansativo, pois segundo o vocalista, na época bastava fazer doze canções para um disco.
Quando a banda trabalhou na música "Fight Like A Brave", o produtor Beinhorn colocou um coro de torcida de futebol cantando atrás. "Me And My Friends" Anthony escreveu enquanto viajava de San Francisco para Michigan com seu amigo Joe Walters. "Funky Crime" foi resultado de uma descrição lírica de uma conversa que Anthony teve com George Clinton, no qual ele afirmou que a música em si não fazia distinção de cor, mas a mídia e as rádios a segregavam conforme as ideias que faziam dos artistas. "Backwoods" era sobre as raízes do rock and roll e "Skinny Sweat Man" era uma ode de Hillel Slovak. "Behind The Sun" foi uns crescimento definitivo para a banda. Hillel fazia um riff melódico incomum e Beinhorn achou que a música podia estourar.
A música "Party On Your Pussy", segundo Anthony Kiedis, retratava sua reputação na época, ao qual a gravadora EMI se recusou a colocar no disco até a música ter mudado de nome para "Special Secret Song Inside". Anthony ainda disse que nem todas as músicas eram grosseiras. "Love Trilogy" tornou-se uma das favoritas do vocalista. A canção começava como um reggae e depois entrava num funk pesado e acabava em speed metal. Durante anos, quando alguém questionava as letras do Red Hot Chili Peppers, Flea dizia "Leia 'Love Trilogy' e vai saber o que é uma letra de verdade". Fala sobre amar coisas que não são necessariamente perfeitas ou amáveis.
Anthony Kiedis disse que as canções do álbum eram incríveis. Hillel Sloval estava em chamas, todos da banda estavam apaixonados pela gravação no porão da Capitol Studios, outro incrível monumento histórico da música em Hollywood e Beinhorn trabalhava intensamento no álbum.
Anthony Kiedis ainda conclui que gravar o disco foi maravilhoso. Jack Irons tinha acabado de voltar a banda e dava um elemento diferente e importante à química da banda. Hillel, Flea e Anthony eram os caras maníacos obcecados e Jack Irons era o cara íntegro, trabalhador, alegre e compreensivo. Quando chegou a hora de gravar os vocais, Anthony usou Hillel como seu produtor. Cada vez que fazia um vocal, ambos achavam que estava descobrindo algo novo e que essas eram as melhoras coisas que tinham gravado. Hillel ficava em êxtase, dizendo: "Essa é a coisa mais maravilhosa que já fizemos".
The Uplift Mofo Party Plan é o terceiro álbum lançado pela banda Red Hot Chili Peppers em 1987 pela EMI e produzido por Michael Beinhorn.
O álbum é caracterizado por ter os membros fundadores da banda: O vocalista Anthony Kiedis, o baixista Flea, o guitarrista Hillel Slovak e o baterista Jack Irons. O álbum também é caracterizado pelo reconhecimento da banda no mundo todo após o lançamento do cd.
A música "Fight Like A Brave" é uma das músicas mais lembradas da banda, e o sucesso de "Fight Like A Brave" foi também ao fazer parte de uma das trilhas sonoras em uma das versões do jogo Tony Hawk.
Composição das músicas:
Kiedis recorda que durante a composição do álbum, Beinhorn encorajou-o a se afastar de seu estilo rap em favor dos vocais mais lentos. Na ocasião, Kiedis ficou muito desconfortável com sua voz, e sentiu que o novo estilo era "sentimental". Kiedis também observou que o guitarrista Hillel Slovak evoluiu durante o seu tempo longe do grupo What Is This?, e que havia adotado um estilo mais fluido em oposição ao seu original hard rock.
Em Uplift, Slovak experimentou gêneros fora do funk tradicional, incluindo reggae e speed metal. Seu riff melódico apresentado na música "Behind the Sun" inspirou o grupo a criar canções "bonitas" com ênfase na melodia. Kiedis descreve a música como "inspiração pura de Hillel". Para criar efeitos psicodélicos, Slovak também utilizou uma talkbox sobre a canção "Funky Crime". Flea incorporou um estilo de baixo com slap, que se tornaria um marco do trabalho inicial da banda. O álbum conta com um cover de Bob Dylan, "Subterranean Homesick Blues", que abandona quase todo o e seu original estilo folk em favor do estilo do grupo.
Letras das músicas:
A maioria das letras no álbum foca em amizades entre os membros da banda, sexo e a vida em Los Angeles. A reunião dos quatro membros originais do grupo teve uma grande influência sobre as letras. Kiedis também foi inspirado pelas suas experiências pessoais e também dos outros membros da banda. Durante a gravação de Freaky Styley, Kiedis e Hillel haviam feito uso pesado de cocaína. Quando Slovak estava sob a influência da droga, ele costumava usar roupas de cores vivas e dançar, o que se tornou a inspiração para "Skinny Sweaty Man". A música "No Chump Love Sucker" também foi inspirado por Slovak, que durante a gravação do álbum, tinha sido trocado pela namorada por alguém que tinha "mais dinheiro e mais drogas".
"Funky Crime" era um reflexo de uma conversa entre a banda e George Clinton, enquanto estavam escrevendo e gravando Freaky Styley. Kiedis descreveu a canção como uma descrição lírica da conversa, sobre como a música em si é "daltônica", mas é "segregada pelos meios de comunicação e de rádio". Kiedis escreveu: "Me and My Friends", uma canção que "veio muito bem", enquanto dirigia de São Francisco para sua casa com um amigo de infância, Joe Walters. "Backwoods" fala sobre a história do rock and roll. Kiedis disse que "Love Trilogy" tornou-se uma de suas canções favoritas do grupo, e é sobre "amar as coisas que não são necessariamente perfeitas ou sempre adoráveis". Ele explicou que "Durante anos, sempre que alguém iria questionar nossas letras, Flea diria, 'Leia 'Love Trilogy' e você saberá que as verdadeiras letras são sobre tudo.'
Créditos:
Red Hot Chili Peppers Anthony Kiedis – vocalista principal Flea – baixo, backing vocals Hillel Slovak – guitarra, sitar em "Behind the Sun", vocoder, backing vocals Jack Irons – bateria, backing vocals
Músicos adicionais Michael Beinhorn – backing vocals John Norwood Fisher – backing vocals David Kendly – backing vocals Angelo Moore – backing vocals Annie Newman – backing vocals
Gravação Michael Beinhorn – produção Russell Bracher – assistente de mixagem Judy Clapp – engenheiro de gravação Stan Katayama – assistente de mixagem John Potoker – mixagem Howie Weinberg –engenheiro de masterização
Adicional Nels Israelson – fotografia Henry Marquez – direção de arte Gary Panter – ilustração da capa
Vale a pena ver o clipe lançado da música "Fight Like A Brave":
Big Day Out (BDO) é um festival de música que ocorre todos os anos, efetuado em diversas cidades da Austrália e Nova Zelândia, em fins de Janeiro.
Começou em Sydney em 1992, tendo-se espalhado mais tarde para Adelaide, Melbourne e Perth em 1993, tendo Gold Coast e Auckland se juntado em 1994. Em 2003, tinha sete a oito palcos (dependendo do local) acomodando música rock, electrónica e bandas internacionais e locais.
O Red Hot Chili Peppers se apresentou no ano de 2000, durante a turnê do álbum Californication.
No ano de 2005, o Red Hot Chili Peppers fez uma homenagem ao Brian Wilson, fundador do grupo Beach Boys, fazendo a performance um cover da música "I Get Around".
A apresentação foi no MusiCares, um evento anual em homenagem a contribuições musicais e trabalho humanitário. Os Backstreet Boys, John Legend, Barenaked Ladies, Shelby Lynne, Michael McDonald, Red Hot Chili Peppers e mais artistas cantaram clássicos do Beach Boys durante uma gala repleto de estrelas em homenagem ao Brian Wilson no MusiCares ® Person of the Year 2005.
De acordo com o guitarrista John Frusciante: "Quando gravei 'Breaking the Girl' eu ouvia muito Led Zeppelin, especialmente a música 'Friends' e toquei com uma viola 12 cordas nela. Foi dessa musica que veio a idéia. E eu peguei os acordes do refrão do livro de Duke Ellington. Eu tentei aprender uma música que tinha no livro e usei três acordes dela, que tinha uns 50. Baseado nesses três acordes e mais algumas coisinhas, eu escrevi a música."
Ao longo dos dias, será postado aqui no Blog RHCP Brasil curiosidades do Red Hot Chili Peppers ao longo de toda história da banda, contando também um pouco de curiosidades dos membros e ex-membros da banda.
JOSH KLINGHOFFER, O HERDEIRO DA TELECASTER
Josh Klinghoffer é o substituto de John Frusciante no Red Hot Chili Peppers. Junto com ter assumido a responsabilidade - de substituir um dos maiores guitarristas de todos os tempos - Josh herdou uma Fender Telecaster de 1965 (segundo Josh Klinghoffer em entrevista ela seria de 1967) de seu antecessor e amigo.
Com Frusciante essa Telecaster foi usada durante a gravação e a turnê de Californication e By The Way - talvez um dos seus feitos mais importantes conhecidos tenha sido os solos de Scar Tissue junto a um Boss FZ-3.
Josh em entrevista a Total Guitar em 2012:
"Eu tenho uma Tele customizada de 67 que eu herdei do John Frusciante de alguma forma, era a sua Tele de backup."
[...]
"No "I'm With You eu usei principalmente a ’67 Tele, a ’63 Strat do Chad, e aqui e ali, guitarras do tipo Airline ou Harmonys."
Álbum: A Sphere In The Heart Of Silence Gravadora: Record Collection Data de lançamento: 23 de novembro de 2004 Gênero: Rock experimental; eletrônica Produtor: John Frusciante e Josh Klinghoffer
Faixas:
01 - Sphere 02 - The Afterglow 03 - Walls 04 - Communique 05 - At Your Enemies 06 - Surrogate People 07 - My Life
Descrição do Álbum:
A Sphere In The Heart Of Silence é o nono álbum de Frusciante, composto com a colaboração de seu amigo Josh Klinghoffer. Ambos consitituem os vocais: Frusciante é primeira voz emThe Afterglow, Walls e My Life; Klinghoffer é primeira voz em Communique e At Your Enemies. Já em Surrogate People dividem a liderança vocal.
Curiosidades:
- No fim de My Life pode-se ouvir John levantando, saindo do estudio e fechando a porta. - Sphere teve que ser encurtada em cerca de dois terços, porque a versão original tinha em torno de trinta minutos. - E esse álbum só aconteceu mais mesmo, porque o John tinha como intuinto fazer Performances ao vivo na "Knitting Factory".
Autobiografia do Álbum:
A Sphere In The Heart Of Silence é uma gravação de música eletrônica feito por Josh Klinghoffer e eu. Depois de alguns meses fazendo músicas cruas e/ou minimizando nós decidimos voltar a fazer músicas com mais camadas, músicas eletrônicas ricas em texturas. Foi registrado como se estivesse em 1970, mas com modernos instrumentos eletrônicos que não existiam naquela época.
A primeira música “Sphere” foi originalmente feita pra ser tocada ao vivo na Performance #1, a primeira de uma série de dez shows conceituados individualmente, consistindo principalmente de música experimental. Ela foi reduzida para 10 minutos pela proposta de caber num disco. A versão original, como foi apresentada na Performance #1, teve 30 minutos de duração.
A segunda, “The Afterglow” é do tempo das canções do Shadows [...]. Metade dessas músicas foram originalmente planejadas pra fazerem parte do Shadows mas nós decidimos focar mais o meu lado compositor e guardar nosso material mais experimental pra esse álbum. Em “The Afterglow” Josh escreve e tocou toda a música e eu escrevi um vocal sobre a sua gravação 8 pistas original. É divertido cantar sobre uma música tão viajada em camadas. Dois baixos e duas guitarras.
A base de “Walls” foi programada em cerca de 15 minutos na manhã da Performance #5 quando nós abrimos para o Blonde Redhead em Pomona. Eu dancei e fiz vocais alguns efeitos vocais abstratos naquela noite, mas quando gravamos eu escrevi um vocal peculiar (literalmente escrito enquanto a drum machine estava gravando) Esta música viaja do passado pro futuro e depois volta.
“Communique” foi originalmente apresentada na Performance #2 no Knitting Factory, em Hollywood. Esta é uma daquelas gravações tão raras no mundo de hoje que é demorou pra gravar tanto quanto é preciso pra escutá-la. Josh cantou e tocou piano enquanto eu fiz ruídos em meu sintetizador modular e não teve edições. “At Your Enemies” e “Surrogate People” foram ambas do tempo do Shadows. Elas foras escritas pelo Josh, com exceção dos meus vocais em “Surrogate People”. Nós estávamos descobrindo tanto sobre fazer música eletrônica naquela época e álbuns tipo Amnesiac (Radiohead), Verpertine (Björk) e Confield (Autechre) estavam sendo lançados na época que a estávamos abrindo as mentes para infinitas possibilidades dessa esfera.
A última música, chamada “My Life”. Foi originalmente apresentada na Performance #4. Como “Comunique”, “My Life” foi gravada ao vivo. Os passos no chão no fim da música sou eu, voltando para a sala de controle.
Minha amizade com Josh é algo que me sinto abençoado em ter. Ter experimentado tanta intimidade através de escutar música juntos, assim como tocar música juntos é uma das principais coisas que tem dado significado à minha vida.
Obrigado por ouvir. Há mais por vir.” John Frusciante
Créditos:
Duração: 38 minutos e 29 segundos Produzido por: John Frusciante e Josh Klinghoffer Desenhado por: Ryan Hewitt
Mixagem: Ryan Hewitt Assistentes: Chris Reynolds e Jason Gossman Gravado / mixado em / Quando: Mad Dog Studios (09 à11 de abril de 2004) e no Cello Studios (14-15 de abril 2004) Masterizado por / onde: Bernie Grundman / Bernie Grundman Mastering Hollywood, CA, E.U.A. Design: Mike Piscitelli e John Frusciante Foto da capa por: Lola Montes Equipamentos por: Dave Lee Administração: Q-Prime Inc.
Há exato 01 ano, o Red Hot Chili Peppers realizou um memorável show no festival do Rock in Rio, no dia 24 de setembro de 2017!
Review do show:
O Red Hot Chili Peppers encantou público do Rock in Rio na noite de encerramento do festival!
Matéria publicada no site da Multishow:
Os clássicos foram pontuais. O sorriso estampado de quem deixa a Cidade do Rock na última noite de Rock in Rio é a certeza de que o Red Hot Chili Peppers e o Brasil tem um caso de amor. A energia emanava do maior palco do mundo e Anthony Kiedis, Flea, Chad Smith e Josh Klinghoffer comandaram uma festa mágica. Em sua terceira passagem pelo Rock in Rio, o quarteto californiano fez show vigoroso, com muita entrega, sessões instrumentais, covers e, claro, sucessos consagrados. A Cidade do Rock pulou ao som de "Can't Stop".
Com mais de 30 anos de carreira, o som do Red Hot é admirado por diferentes gerações. Todas essas gerações se encontram aqui no Rock in Rio e cantaram a uma só voz o single lançado pelo grupo, "Dark Necessities", do disco "The Getaway".