quinta-feira, 31 de julho de 2014

Review: Josh Klinghoffer fala sobre Dot Hacker, John Frusciante e composições + Download do álbum "Inhibition"

Matéria publicada no dia 01 de maio de 2012 aqui no blog.

Entrevista com Josh Klinghoffer falando sobre seu trabalho na banda Dot Hacker, solos de guitarra, John Frusciante, técnicas de composição, seu vicio por equipamentos e mais.

Confira alguns trechos da entrevista realizada no dia 30 de Abril pelo blog Smoovtunes.
Leia a entrevista completa no Site RHCP Brasil.

Eu tive a chance de ouvir o álbum do Dot Hacker e, por sinal, eu amei. A banda foi montada em 2008, o álbum sendo produzido desde então e concluído no seu aniversário de 30 anos. Este trabalho de gravação ficou parado por dois anos?
Obrigado. Desde 03 de Outubro de 2009, nada foi feito com exceção da masterização. Nós havíamos masterizado o álbum professionalmente para a versão vinil – no lançamento do dia 1° de Maio. Mas nada foi gravado ou mudado desde então.  

Sendo um músico, você deve ter achado tentador poder revisar algumas coisas. Foi difícil conter a si mesmo?
Sim. Foi difícil no sentido de que quando eu o ouço agora, eu sinto que nós faríamos um trabalho diferente no processo de gravação. Na época, baseado no fato das pessoas estarem ou não na cidade, certas decisões foram tomadas. E se na época eu tivesse um poder aquisitivo melhor, estaríamos todos lá e tudo seria feito de forma muito mais concentrada em um determinado tempo, e soaria desta ou daquela maneira. Porém, por outro lado, eu acho que é um registro muito honesto – é uma grande representação de onde essas quatro pessoas na banda estavam no momento. E eu sou muito grato por termos lançado este álbum, pois ele poderia ter facilmente evaporado. 

No abismo dos álbuns arquivados.
Exato, na nossa pasta do iTunes.

Os fãs ficarão gratos por você não ter deixado isto acontecer. O álbum captura um momento pontual na experiência da banda. Você tem planos concretos de sair em turnê com este material?  E você tocará outras músicas que você guardou e não aparecem no álbum? 
No momento não há planos específicos, mas nós certamente tocaremos este ano. Devido à minha agenda com os Chili Peppers, eu estou meio atarefado – estamos com shows até o final deste ano. Mas nós temos uma pausa de 15 dias a cada duas semanas. Então, tenho certeza que haverá uma semana de shows do Dot Hacker aqui e ali, eu espero. Todos querem fazer isto. Nós temos milhares de coisas novas que iniciamos e que sabemos como tocar. Nós seguiremos alguns meses sem nos reunirmos, então é difícil de ficar em dia com a banda quando você não toca o tempo inteiro com a mesma.  

Você mencionou em outra entrevista que você tinha o hábito de concentrar-se em suas composições e letras antes de entrar no Red Hot Chili Peppers. Uma vez que você se envolveu em outra banda, você teve que resgatar este hábito porque a música é técnica e agressiva. Como mudou sua abordagem em relação à parte instrumental?
Sim, eu definitivamente abordo de forma diferente, mas só porque os tempos mudaram e eu ouvi um monte de música diferente, e eu penso sobre as coisas de forma diferente. Desde a gravação ou composição com o Dot Hacker, eu só focava em tocar mais guitarra mesmo pelo fato de eu estar muito presente no Red Hot Chili Peppers. Fazendo valer a pena um ano inteiro e repleto de composições e jams, além de conhecer Flea e Chad como músicos. Simplesmente passando horas tocando guitarra, que é algo que eu realmente não fazia há muito tempo. Quando eu estava com o foco em composição, eu tocava guitarra somente um pouco, e a composição saía direto nela. Mas eu estava fazendo um monte de composições no piano, usando sintetizador, criando sons e construindo canções naquela direção. Eu não estava focado em ser técnico na guitarra, não mesmo. Acho que nunca estive até que entrei para o Red Hot Chili Peppers. Para mim, quando comecei a tocar com eles, o meu maior medo acho que foi o fato de que John era tão tecnicamente proficiente, além de ser um guitarrista incrível. E eu sou um guitarrista diferente, sempre fui. Eu amava tocar as músicas que ele escreveu, e eu só esperava que as pessoas não esperassem alguém para vir e fazer exatamente a mesma coisa.

Fiquei surpreso ao ler numa entrevista que solar nunca foi fácil para você. Você disse que você prefere pisar em um pedal e criar combinações sonoras. Isto significa que você é um fanático por equipamentos? Com certeza. E solar nunca foi algo fácil pra mim mesmo. Porque era algo que eu nunca quis fazer (risos). Quando eu comecei a tocar guitarra, eu estava descobrindo a maneira que a música saía, juntamente com a vocalização dos acordes. Eu ouvia bandas como The Smiths — uma forma mais arquitetônica de tocar guitarra e não ela como destaque principal. Eu realmente nunca tive interesse em aprender a solar. E quando eu pensei em fazer isto, eu pensei — Eu sempre amei pessoas como Slash (risos) e Jimmy Page, pessoas que sabiam solar, mas eu sempre achei que realmente não havia um lugar pra isto na música que eu estava interessado em fazer. Mesmo com John Frusciante solando — Eu amo isto e acho incrível, mas quando eu escrevo uma música, eu nunca digo: “Ah, ok… então depois deste refrão, vai entrar um solo de guitarra”. Não é a minha maneira de pensar quando eu escrevo as canções.

Mas eu também não acho que John Frusciante pense assim.
Não, eu não acho até acerto ponto. Mas eu acho que certamente há músicas no acervo dos the Chili Peppers que agregam seções de solos de guitarra. E eu sei que ele gosta de solar. E é isto que eu quero dizer, comigo é totalmente diferente — Eu não quero ouvir um solo de guitarra. Sério, eu prefiro experimentar uma voz e reproduzi-la em um Casio SK-1. Isso soa mais interessante para mim — Isto é mais incomum de ouvir do que solos de guitarra.  

Anthony, Chad, e Flea já chegaram a encorajá-lo a solar e designar certas partes de músicas à sua guitarra principal?
Há algo em comum dentro de todos nós que só quer balançar e fazer nossos instrumentos chorarem, isso era a parte legal de tocar. Hoje à noite, quando tocarmos ao vivo, eu vou solar e haverá momentos para eu me expressar desta forma. Eu me divirto mas não é algo que eu sempre imaginei fazendo ou focando. Eu sou um pouco tímido em relação a isto. É apenas uma idéia errônea de que eu tenho que você tem que ser como Eddie Van Halen ao invés de Kurt Cobain, ou algo assim (risos). Ah, sim, e de volta ao foco: eu sou um fanático por equipamentos (risos).


Download do álbum "Inhibition":
Inhibition - Dot Hacker (4shared - 124,770 KB)   

Tracklist
1. Order/Disorder 
2. Idleidolidyl 
3. Eye Opener 
4. Discotheque 
5. Be Leaving 
6. The Earth Beneath 
7. Inhibition
 8. The Wit Of The Staircase 
9. Quotes 
10. Puncture
 


Agradecimentos: Universo Frusciante

quarta-feira, 30 de julho de 2014

03 anos das gravações do clipe "The Adventures of Rain Dance Maggie"


Hoje, 30 de julho de 2014, completa 03 anos das gravações do clipe "The Adventures of Rain Dance Maggie", o primeiro single do álbum "I'm With You".

Segue abaixo o que foi dito na época das gravações:

No dia 30 de julho de 2011, foi realizado cenas para o videoclipe da música "The Adventures of Rain Dance Maggie" em Venice Beach.

Foi mobilizado uma grande estrutura para as gravações e um forte esquema policial. Flea postou em sua conta no Twitter, anunciando o endereço das gravações e chamando a todos para comparecer.

@flea333
We r filming a raindance Maggie film at 1901 ocean front walk in Venice at 630! Come on by! Yeeeeeeeahhh  rooftop rock

As cenas foram gravadas em cima do telhado de um prédio que vocês podem ver nas fotos abaixo:


















  
Behind The Scenes of The Adventures of Rain Dance Maggie:  

 Official Music Video of The Adventures of Rain Dance Maggie

terça-feira, 29 de julho de 2014

Free Drum Lessons: Chad Smith – Readymade Groove


Vídeo do baterista do Red Hot Chili Peppers, Chad Smith, tocando para milhares de fãs no "Drum Guru".

"Drum Guru" é uma revolução na educação de bateristas. Mostra a lição de bateria para aplicativos de iPad e iPhone. No video, Chad Smith mostra a performance da música Readymade, do álbum "Stadium Arcadium".

Chad Smith mostra detalhadamente como se toca a música, além de falar e explicar os passos da música. No final do vídeo mostra o fundador do "Drum Guru".

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Áudio: Hillel Slovak / Dave Navarro / Josh Klinghoffer - Behind The Sun

O canal RHCPtv6 publicou em sua página no YouTube um vídeo montagem contendo três apresentações do Hillel Slovak, Dave Navarro e Josh Klinghoffer tocando um trecho da música Behind The Sun.

Vale a pena escutar:

domingo, 27 de julho de 2014

Anthony Kiedis esteve presente no evento do UFC ontem (26/07/2014) em San Jose, California

O vocalista do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, esteve presente para prestigiar o evento do UFC ontem, dia 26 de julho de 2014 em San Jose, California. No fim das lutas ele foi convidado pelo presidente do UFC, Dana White, para conhecer a lutadora polonesa Joanna Jedrzejczyk, que venceu a brasileira Juliana Lima por decisão unânime. 

 Fotos:





sábado, 26 de julho de 2014

Red Hot Chili Peppers - Live in Hyde Park (2004)


Live in Hyde Park é um álbum ao vivo lançado pelo Red Hot Chili Peppers no ano de 2004 via Warner Bros.

Os shows foram gravados ao longo de três noites de shows no Hyde Park, em Londres, em 19 de Junho, 20 e 25, de 2004, durante a turnê  Roll On The Red Tour. Estes três concertos tornaram-se os maiores concertos de bilheteria em um único local na história. Um álbum duplo compilado a partir destes três shows foi direto para o número 1 no Reino Unido e ficou lá por um total de duas semanas, com venda de cerca de mais de 120.000 mil cópias.

Dos oito álbuns de estúdio da Red Hot Chili Peppers, que foram lançados antes do Live in Hyde Park, apenas três são realmente representados no set list deste álbum - Blood Sugar Sex Magik, Californication e By the Way (o single "Fortune Faded", no entanto, foi apresentado apenas na banda na compilação Greatest Hits em 2003). "Under the Bridge" e "Give It Away" foram as únicas músicas de Blood Sugar Sex Magik. As músicas "Leverage of Space" e "Rolling Stone Sly" são exclusivos para esta coleção. A canção "Mini-Epic (Kill For Your Country)", que foi realizado, e originalmente planejado para esta versão, não foi tornado nas versões CD, provavelmente devido a questões delicadas sobre o tema da canção. No entanto, ele pode ser encontrado na maioria das gravações de vídeo exibindo os shows.


Tracklist:

Disco 1
"Intro" - 3:57
"Can't Stop" - 5:13
"Around the World" – 4:12
"Scar Tissue" – 4:08
"By the Way" – 5:20
"Fortune Faded" – 3:28
"I Feel Love" (Donna Summer cover) – 1:28
"Otherside" – 4:34
"Easily" – 5:00
"Universally Speaking" – 4:16
"Get On Top" – 4:06
"Brandy (You're a Fine Girl)" (Looking Glass cover) – 3:34
"Don't Forget Me" – 5:22
"Rolling Sly Stone" – 5:06

Disco 2
"Throw Away Your Television" – 7:30
"Leverage of Space" – 3:29
"Purple Stain" – 4:16
"The Zephyr Song" – 7:04
"Californication" – 5:26
"Right On Time" (Contains the intro of Joy Division's "Transmission") – 3:54
"Parallel Universe" – 5:37
"Drum Homage Medley" – 1:29
"Rock and Roll" (Led Zeppelin)
"Good Times Bad Times" (Led Zeppelin)
"Sunday Bloody Sunday" (U2)
"We Will Rock You" (Queen)
"Under the Bridge" – 4:54
"Black Cross" (45 Grave cover) – 3:30
"Flea's Trumpet treated by John" – 3:28
"Give It Away" – 13:17

Fotos do show:



Escute no YouTube o álbum todo:

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Review: Tradução do texto de John Frusciante sobre o EP "Outsides"

Matéria publicada no dia 20 de julho do ano passado aqui no blog.



No dia 27 de Agosto de 2013, John Frusciante irá lançar o seu novo EP Outsides mundialmente. Conforme anunciado antes, o EP sai em 14 de Agosto no Japão via Record Collection. A faixa bônus "Sol", disponível em alta qualidade de áudio, vem como um download imediato assim que você fizer à pré-encomenda.

No site oficial do John Frusciante, foi publicado um texto com assinatura do John sobre um novo lançamento. Confira o texto sobre o novo EP Outsides traduzido pela equipe do site Universo Frusciante:


Outsides consiste em um solo de guitarra de 10 minutos e duas abstratas peças musicais "out". Aqui eu uso a palavra "out" no mesmo sentido em que o termo foi usado no free jazz. É uma abordagem moderna aos conceitos de harmonia encontrados no free jazz dos anos 50/60 e em algumas músicas clássicas do século XX. Não emprego nenhum aspecto de harmonia do rock ou pop, e essa é basicamente a abordagem, apenas fazer música que não é confidente a nenhum centro, no PBX isso foi cedido pelo meu estilo de composição. Considero isso como trabalhar junto com linhas abstratas. Me mover para frente, fazer música sonoramente cheia sem recorrer a qualquer relacionamento musical familiar de harmonia para servir como base tem sido um objetivo meu há um bom tempo. Ambas as canções tem meu estilo de bateria e de solos de guitarra, mas ainda assim penso nelas como minha versão de música clássica moderna. Elas começam como orquestra, mas eu vou aonde a música me levar, e uso qualquer instrumento para expressar meus sentimentos, assim como uso aspectos de qualquer estilo. Por exemplo, em "Shelf", apesar da inconvencional tonalidade da sessão, fiquei surpreso ao descobrir que um solo de blues cairia bem. Inclusive, ambas as canções tem sessões de Acid.

A primeira canção, na contramão, é uma nova abordagem à forma do solo estendido. O efeito vem de uma improvisação entre bateria e guitarra, mas essas interações específicas entre esses instrumentos não poderia ter vez com um baterista tradicional e um guitarrista solo. É basicamente meu baterista dos sonhos, pois ele ouve e responde ao que estou tocando, e ainda também me dá uma sólida âncora para eu também responder, sem os habituais atrasos envolvidos nessas ações contrárias. Isso também me dá grandes espaços de silêncio, e então volta exatamente em um dos meus acentos, como se ele soubesse que eu iria tocar uma nota naquele preciso lugar. Essa interação impossível faz dupla com o fato de que o solo de guitarra foi feito para uma repetitiva versão de dois compassos de batida de bateria, então mais tarde eu retalho as batidas e elas interagem entre si e respondem ao solo nos inteiros 10 minutos. Uso apenas uma pausa na música inteira, tentando tirar o máximo que posso disso. É incrível quantas novas batidas podem ser encontradas em uma pausa de um compasso. Esse método de trabalho me permitiu uma unificação polirrítmica com a guitarra, enquanto a sagacidade da bateria permanece tão boa quanto a de um baterista funk que, de alguma forma, mentalmente, acompanha e completa cada polirritmo perfeitamente. Bateristas funk normalmente lideram suas bandas, enquanto bateristas ocupados que suportam solistas polirrítmicos precisam ouvir e serem guiados pelos solistas, e, ainda sobre essa canção, o baterista faz essas duas coisas ao mesmo tempo. 

Igualmente, os outros instrumentos vão mudando pela sessão e normalmente solos estendidos não tem sessões, por assim dizer. Eu mantenho uma consciência de ciclos de 16 compassos, visto que solistas de rock e suas bandas geralmente abandonam múltiplos de 8 compassos, e perdem vista da grande paisagem, daí os tediosos longos solos conhecidos. Em outras palavras, um cara normalmente sola sobre talvez uma base de dois compassos, e todo mundo naturalmente continua a ouvir espaços maiores, mas gradualmente esses espaços se tornam diferentes para cada pessoa ouvindo a música. Isso não apenas desconecta a audiência da banda, como também desconecta os membros da banda entre si. Esse é o efeito oposto em que o rock geralmente se esforça para alcançar. Assim, esse solo se move adiante, como uma canção faz, e a guitarra precisa mudar tons com a música do mesmo jeito que um vocalista precisa. Em solos estendidos, guitarristas camuflam essa inconveniência solando sobre bases musicais sólidas, chamadas vamps, ou solando sobre uma progressão de acordes em que os acordes variam nas mesmas 7 notas. Quando são apresentados a uma progressão assim, a maioria dos guitarrista faz uma melodia ou compõe um plano básico para o solo. Você não ouve pessoas improvisando um solo longo e balístico como esse sobre esse tipo de progressão estilo clássico/Tony Banks. Essa habilidade vem parcialmente do fato de que quando eu treinava junto com um CD, eu tocava uma parte e cantarolava o teclado, enquanto estava pensando em pelo menos uma outra parte, estava cantarolando o baixo e meus olhos seguiam as casas que a parte do baixo estaria se eu estivesse tocando-o. Se eu falho em "ver" as partes do baixo em algumas notas, eu volto e faço de novo até eu estar tocando a parte do teclado e ver as partes do baixo. Farei isso com todos os instrumentos até meu cérebro entender a relação própria de frequência e ritmo, e, fazendo isso, eu terei uma noção mental tão boa quanto eu poderia querer do "porquê" daquela peça musical me fazer me sentir como me sinto. Pequenos solos de guitarra sobre mudanças moduladas são particularmente iluminados usando esse método prático.Se um músico toca os acordes enquanto vê o solo e depois toca o solo enquanto vê os acordes, se torna claro o "porquê" de guitarristas terem escolhidos aquelas notas particulares como uma vez fizeram. Essa forma de treino é baseado no mesmo princípio musical básico que a guitarra base de Jimi Hendrix nos mostrou, que é que você pode pensar nos acordes e no solo ao mesmo tempo. Nós, guitarristas, previamente entendemos esse princípio como "Eu posso tocar acordes e solos ao mesmo tempo", mas hoje em dia, mais de 40 anos depois, podemos apreciar que foi essa habilidade de pensar nos acordes e no solo que o fez tocar naquele estilo, e um novo tipo de solar pode ser resultado desse engajamento nessa mesma ação mental, mas apenas tocando o solo. Allan Holdsworth sempre foi ótimo nisso, mas não estamos falando sobre jazz aqui. Guitarristas de rock geralmente não fazem muita questão de pensar em nada além de seu estilo de tocar num longo solo, e eu não poderia tocar desse jeito se não estivesse apto para dividir minha atenção entre meu sempre mutável ambiente musical e o meu próprio instrumento. Pirar enquanto você está mentalmente considerando duas percepções opostas na sua mão, é uma habilidade que músicos de rock como um todo ainda precisam desenvolver.

Esse estilo que estou tocando é basicamente o estilo que toco no PBX, mas agora eu tenho tocado desse jeito com um total abandono de prudência. Isso é mais um desenvolvimento mental do que físico. A dificuldade de tocar nesse estilo é pensar em duas melodias separadas, em duas séries diferentes, ao mesmo tempo, e executá-las em steps alternados para que ocorra uma passagem para uma melodia única. Esse princípio humildemente começou com os principais trabalhos de Robert Fripp nos anos 70, e foi muito desenvolvido com pessoas programando [sintetizadores] 303 e 202 nos anos 80, 90 e 2000.

Durante os últimos minutos do solo, a guitarra é tratada pelo meu sintetizador modular e seu sequenciador de 64 steps, recebendo muitos triggers de uma 606 drum machine modificada, e novamente, é um verdadeiro prazer adicionar numa improvisação ações musicais que estão coerentes com o pensamento do solista. Nesse caso, sou eu pirando com o som da minha guitarra com o mesmo abandono com que toquei o instrumento.

Rock é música eletrônica, totalmente dependente de circuitos eletrônicos e amplificação. Essa música dá nova vida ao antigo e popularmente descreditado estilo do rock de solos de guitarra estendidos, e isso também é progressive synth pop, a mesma coisa. Este EP tem 20 minutos de duração.

- John

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dot Hacker - How's Your Process? (Work) - Album Trailer


A gravadora ORGMusic do grupo Dot Hacker, banda formada por Josh Klinghoffer (vocal, guitarra, teclado, Clint Walsh (guitarra), Jonathan Hischke (baixo) e Eric Gardner (bateria), publicou em sua página no YouTube o trailer em formato de áudio/vídeo do novo álbum de trabalho do grupo How's Your Process? (Work), lançado recentemente. 

Vídeo: 

 

The Ultimate Josh Klinghoffer Compilation 2011-2013

Josh Klinghoffer e Anthony Kiedis no Bonnaroo Music & Arts Festival 2012
O canal no YouTube RHCPtv6 publicou um vídeo de uma compilação das performances do guitarrista do Red Hot Chili Peppers, Josh Klinghoffer, ao longo da turnê I'm With You. Vale muito a pena ver!

Segue abaixo do vídeo todos os nomes das músicas, os nomes dos locais e os anos das apresentações:


Jam 5 - Beirut, Lebanon 2012
Universally Speaking - Portland, OR, USA 2012
Charlie - Vienna, Austria 2011
Fire - Milan, Italy 2012
Soul To Squeeze - Mexico City 2013
Hey - Colombia, NC, USA 2012
Dani California - Gelsenkirchen, Germany 2012
Dani California - Dover, DE, USA 2013
Meet Me At The Corner - Dover, DE, USA 2013
Factory of Faith - Guadalajara, Mexico 2013
Factory of Faith - St. Petersburg, Russia 2012
Factory of Faith - Dublin, Ireland 2012
Breaking The Girl - Tallinn, Estonia 2012
Theme From Laverne & Shirley - Milwaukee, WI, USA 2012
Don't Dream It's Over - Auckland, NZ 2013
Look Around - Austin, TX, USA 2012
Look Around - Tampere, Finland 2012
Strip My Mind - Athens, Greece 2012
Did I Let You Know - Istanbul, Turkey
Dosed - Athens, Greece 2012
Inhibition - Prague, Czech Repulic 2012
The Zephyr Song - Dover, DE, USA 2013
Quixoticelixer - Kiev, Ukraine 2012
That Jam - Adelaide, Australia 2013
Melodic Heartbroken Distorted Guitar Part Jam - Hangout Festival, USA 2012
Punk Disco Jam - Werchter, Belgium 2012
Good Time Boys - Adelaide, Australia 2012
Especially In Michigan - Detroit, MI, USA 2013
Soul To Squeeze - New Orleans, LA, USA 2012
Snow ((Hey Oh)) - Minneapolis, MN, USA 2012
Blood Sugar Sex Magik - Perth, Australia 2013
I Could Have Lied - Cape Town, South Africa 2013
I Could Have Lied - Kansas City, MO, USA 2012
If You Have To Ask - Coachella, Indio, CA, USA 2013
If You Have To Ask - Seattle, WA, USA 2012
Californication - Sydney, Australia 2013
Otherside - Edmonton, AB, Canada 2012
Scar Tissue - Mexico City, Mexico 2013
Can't Stop - Guadalajara, Mexico 2013
Don't Forget Me - Ottawa, Canada 2012
Wet Sand - Sofia, Bulgaria 2012
Snow ((Hey Oh)) - Saskatoon, SK, Canada 2012

terça-feira, 22 de julho de 2014

Red Hot Chili Peppers: Red Hot Skate Rock (1987)


Red Hot Skate Rock é um filme de 30 minutos da banda Red Hot Chili Peppers filmado em 20 de setembro de 1987 durante a turnê do The Uplift Mofo Party Plan (Anthony Kiedis, Flea, Hillel Slovak e Jack Irons) e foi lançado pela Vision Street Wear em Los Angeles, Califórnia. 

Foi lançado como VHS em 1988 e a Vision o relançou em 2002 para DVD. Além do show, o filme mostra demonstrações de skate por skatistas como Tony Hawk, Steve Caballero, Chris Miller e outros skatistas profissionais. 

Set list: 

1. Out in L.A. 
2. Me and My Friends 
3. Blackeyed Blonde 
4. Fight Like a Brave 
5. Catholic School Girls Rule/What Is Soul?/Whole Lotta Love/Back in Black 
6. Mommy Where's Daddy 
7. Love Trilogy 
8. Fire 

Vídeo: 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Josh Klinghoffer falou sobre seu amor por discos de vinil para a Vinyl District

Matéria publicada pelo site Vinyl District e  traduzida por Alessandra do site Josh-klinghoffer.org em junho de 2014.

"Enquanto eu crescia, pelo o que consigo lembrar, havia uma torre enorme na sala de estar... álbuns do meu pai."
"Era uma estante cheia, cerca de sete metros de altura. Eu me lembro que era da onde vinha todos os sons incriveis e imagens. De Culture Club até os álbuns dos Beattles! Eu posso dizer que meu pai não gostava que eu ficasse mexendo naquilo que ele passou um enorme periodo de tempo construindo, organizando e fazendo a manutenção. Com certeza, essa atitude me fazia querer mexer naquilo ainda mais, mas eu tinha que fazer isso com muito cuidado, secretamente e acima de tudo com (muito) respeito. Eu tratava cada um daqueles disco de vinil coloridos de doze polegadas como obras de arte. Meu amor e reverência por álbuns, nascia.


Minha geração, bem... era a geração dos CDs. Eu fiz com os meus CDs a mesma coisa que o meu pai fazia. Exatamente a mesma coisa. O mesmo cuidado, separados em ordem alfabética com uma organização meticulosa. Quando eu era criança, sempre que surgia um dinheiro extra, eu sempre comprava álbuns especiais em vinil. Lentamente construia minha própria coleção. Depois de me mudar e os realocar às pressas algumas vezes, os CDs tornaram-se um fardo, em um momento de crise financeira e inquietação, eu tomei a decisão de só colecionar discos de vinil! Foi uma decisão ousada e eu quase chorei quando vi meus amados CDs sendo colocados um por um em uma caixa como se fossem criancinhas desprezadas.



Felizmente, todo o público de compradores de música seguiram o mesmo caminho para que o vinil voltasse! Eu sinto que, nós sempre iremos querer ter o que é nosso, em nossas mãos, se pudermos. Quando ouvimos o que amamos, nós queremos ser capazes de tocar em algo, como uma forma de agradecimento. Eu não sei. Eu amo comprar discos. Eu adoro voltar pra casa com uma pilha de coisas novas pra explorar. Eu amo cada vez mais os convites do vinil, quase exigem sua atenção. É fisico. Você pode ouvi-lo funcionando. Agora eu estou prestes a começar a decidir onde eu vou construir uma nova prateleira para meus discos, pois com os que eu possuo atualmente, estou oficialmente do lado de fora do quarto.
Discos de Vinil. Álbuns. Eu os amo." - Josh Klinghoffer
Créditos: thevinyldistrict.com Tradução: josh-klinghoffer.org