O vocalista do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, foi entrevistado pela revista alemã Stern e falou sobre diversos assuntos, entre eles, sobre sua vida pessoal e o Red Hot Chili Peppers.
Segue abaixo alguns trechos da entrevista traduzida pelo site RHCP.com.br:
Anthony Kiedis está em uma varanda numa mansão em Malibu. Do mar vem uma brisa. Kiedis tem sua jaqueta preta fechada até o pescoço. Ele está bronzeado, mas suas bochechas parecem fundas. Há pouco menos de uma semana o frontman dos Red Hot Chili Peppers teve que cancelar um concerto em Irvine, Califórnia, de última hora. Os fãs já esperavam a banda, quando o baixista Michael Balzary, apelidado de Flea, subiu ao palco para explicar que Kiedis estava a caminho do hospital. A mídia divulgou depois: dor de estômago violenta. Após a morte de Prince e David Bowie neste ano, o pânico foi grande. Teria mais um grande do rock com um passado de drogas não tão inofensivo sido pego?
“Não se preocupem”, disse Kiedis. “Bowie ainda vai ter que esperar até que eu possa visitá-lo. Mas eu tive cólicas infernais. Fiquei branco como um fantasma e mal podia me mexer. Meu corpo parou de funcionar abaixo do estômago.“ As dores foram sequelas de uma operação na qual haviam removido sua vesícula biliar. “Eu não havia mais tomado os remédios. No hospital eles colocaram tubos no meu nariz e removeram do meu corpo tudo o que não pertencia a ele. Desde então não comi mais nada sensível.”
Sobre tingir seu cabelo:
Ele fará 54 este ano. Seu corpo é malhado, seus cabelos e até mesmo seu belo bigode são tingidos. No seu nicho os homens têm que desafiar a idade. Nos concertos ele ainda se apresenta com o torso nu. Kiedis sabe que muitos pensam que um músico de rock deveria se aposentar aos 40 anos. Ele acha “legítimo” que as pessoas pensem desse jeito. ”Em relação a algumas bandas, eu mesmo fico feliz quando estão acabando. Os Eagles chegou um momento que eu não aguentava mais ouvir. Mas alguns músicos têm uma fase criativa mais longa. Uma benção que David Bowie não tenha se aposentado. Nós ainda temos energia e somos curiosos. Não há razão para parar.”
Sobre o Red Hot Chili Peppers não querer ser uma banda comercial:
Eles continuam com seu estilo de funk, rock, rap e pop. E com as baladas, naturalmente. No entanto, Kiedis nunca cederia uma música uma música para shows de talentos como “The Voice”. “Tornaria nossa música algo barato. Nós não escrevemos essas músicas para que amadores num concurso as cantassem. Quando um músico de rua toca nossa música, ouço com prazer. Mas não quando se trata de algo comercial. Fico enojado quando minhas músicas favoritas são utilizadas para propaganda.”
Abaixo, no jardim, Flea brinca com seu husky mestiço. Ele quase tropeça no degrau para o terraço. “Desculpa, não prestei atenção”, grita ele e ri. Ele tem cabelo curto e grisalho e é tão pequeno e delicado quanto Kiedis. Os dois são inseparáveis. “Quase como um casal”, brincam amigos. Recentemente, eles decidiram fazer “tatuagens de amizade de David Bowie” iguais. Ambos se presentearam com carros elétricos da Tesla. Às vezes eles se caçam como crianças e brincam de “dia do banheiro”: quem for pego deve se ajoelhar e fazer gargarejos como uma descarga de banheiro. Os dois sem conhecem desde os tempos de ensino médio na escola secundária Fairfax em Los Angeles. O padrasto de Flea era um baixista de Jazz; o pai de Anthony, John Kiedis, era um ator sem sucesso, playboy e pequeno traficante, que fornecia drogas a grandes do rock como o Led Zeppelin. Anthony e Flea fundaram os Red Hot Chili Peppers porque achavam que assim atrairiam mais (e melhor) mulheres.
Agradecimentos pela tradução e mais trechos da entrevista: Redhotchilipeppers.com.br
Entrevista completa: Stern.de
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